quarta-feira, 27 de abril de 2011

Poema do amor que nunca houve


Foto: Maksuel Martins 

Penso em como é efêmera a ilusão do amar
Em como até o olhar, onde se julga encontrar verdades
Também é capaz de ocultar sentimentos reais

Penso em como as palavras belas são fáceis
Aos lábios dos que buscam a conquista
Pela medíocre satisfação do ego

E como é inebriante o eflúvio da pele aquecida pelo desejo
Desalinhando pensamentos
Interrompendo juras de nunca mais amar

Penso em como é vil o ato da sedução de outro ser
Quando seu coração está frágil
Quando seu corpo carece de afagos
E quando tudo que se ambiciona
É ter alguém pra se chamar de meu amor

Penso em como é fácil crer
Nas diferenças que me fazem ser o que eu sou
E como é difícil encontrar a essência do que possa me completar

Penso em como é rara
A autenticidade de um coração
Tão poeta quanto o meu
E sendo único
Optarei por viver só

Por Mary Paes


3 comentários:

  1. Muito lindo e um tanto solitário seu poema, beijos.

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  2. A sinceridade d um coração q ama...
    A sua fragilidade...
    É a mesma encontrada no cristal mais fino q existe...
    Sua transparência e seu valor são encontrados neste coração...

    Este coração acredita em olhos, em gestos, nas palavras mais simples e clichês q existem, mas acredita d seja p este coração...

    Ainda se sente a falta...
    Ainda se sente a distância...

    Entretanto o q se qr sentir eh o coração, o corpo, os lábios e a alma...
    Espera até o último suspiro deste amor!!!

    Bela foto!!! Lindo texto!!!

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  3. Incrível como esta foto se irmanou ao poema, lhe conferindo a perfeita atmosfera. Linda reflexão. Os encerramentos de seus poemas também são muito impressionantes:

    Penso em como é rara
    A autenticidade de um coração
    Tão poeta quanto o meu
    E sendo único
    Optarei por viver só

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