O envelope
Anne perdeu a noção de quanto tempo ficara ali, olhando aquele desconhecido, agora sem vida, caído à sua frente. Não conseguia entender os motivos que o levaram a sussurrar quase como num lamento as suas últimas palavras... ele a chamara de Angélica. Estranhamente, Anne sentia algo de familiar naquele desconhecido. Algo que ela própria não conseguia alcançar.
Num ato contraditório aos seus princípios, procurou nos bolsos do morto, algum documento que o identificasse, mas o que encontrou foi um envelope lacrado, que pelo estado de envelhecimento, devia ter sido guardado por muitos anos. O envelope não trazia identificação de remetente ou destinatário, apenas a frase escrita a mão: “viva para sempre”. Guardou o envelope com ela.
Anne informou anonimamente as autoridades locais sobre o assassinato na Rua Cinco, e antes que os policiais chegassem, retornou ao hotel em que estava hospedada. Assim que amanheceu, fez suas malas, ainda pensativa sobre o acontecido na madrugada. Na verdade, o que mais a perturbava, além do envelope lacrado (que ela não tivera a coragem de abrir), era a voz daquele desconhecido que não lhe saia da cabeça “Angélica... Você precisa voltar”. Por instantes, ela esquece os reais motivos que a trouxeram àquele lugar! Mas só por alguns instantes.
Anne informou anonimamente as autoridades locais sobre o assassinato na Rua Cinco, e antes que os policiais chegassem, retornou ao hotel em que estava hospedada. Assim que amanheceu, fez suas malas, ainda pensativa sobre o acontecido na madrugada. Na verdade, o que mais a perturbava, além do envelope lacrado (que ela não tivera a coragem de abrir), era a voz daquele desconhecido que não lhe saia da cabeça “Angélica... Você precisa voltar”. Por instantes, ela esquece os reais motivos que a trouxeram àquele lugar! Mas só por alguns instantes.
Antes de deixar o hotel, ela pega o envelope que surrupiara do morto, fica por alguns segundos a imaginar que tipo de mensagem estaria ali dentro, guarda-o na mochila e sai. Ela sabia que teria de voltar àquele lugar, mas agora ela precisava retornar ao seu casulo, precisava pensar sobre os últimos acontecimentos e refazer seus planos. A verdade, embora maquiada por uma boa mentira, deixa fios soltos pelo caminho, mas é preciso ser frio e calculista o suficiente para desvendá-la, e mais ainda, para aceitá-la!
Talvez ela não estivesse preparada.
Talvez ela não estivesse preparada.
Continua... (:
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Por Mary Paes Santana
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