Eu tenho isso de ficar perdido
Mesmo quando o caminho é certo
Prefiro mudar o rumo
E me embrenhar em atalhos desconhecidos
Sou tão estranho... tão indefinidamente contraditório
Me flagro às vezes contando grãos de areia
Observando o tempo que passa e parece um monstro
Correndo atrás de mim
Não quero ficar velho não
É isso que o tempo faz comigo
Tenho medo das rugas
Mas são elas que dirão
Que eu vivi, sobrevivi a esse mundo cão
Não quero que o tempo,
Este vilão implacável,
Enfraqueça minhas pernas
Turve minha visão...
Quero morrer antes que o monstro me alcance...
Ou permanecer como o louco
Que eu sei que sou...
Estranho e só
Me perdendo todos os dias
Por atalhos desconhecidos
Fugindo das horas
Contando grãos de areia.
By Mary Paes