Foto: Maksuel Martins
Quantas vezes meu corpo... pura matéria vã...
Provido de desejos, dores, prazeres e cóleras...
Deleitou-se na volúpia da carne... ardeu no fogo
Da luxúria... provou de pecados... e chorou.
Quantas vezes minha boca concordou
Enquanto meu coração dizia não
E a razão... o equilíbrio... a sensatez... estiveram fora de mim...
E eu não sabia... e deveria saber...
Que meu Ser não era apenas massa... corpórea ou cinzenta
Agora, quando finalmente entendo...
Meu corpo deleita-se nos desvarios dos sonhos
E adormece todas as noites
Nos braços aconchegantes do meu amor...
Por Mary Paes Santana