poema: Mary Paes - foto: Maksuel Martins
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
prisioneiro das horas comerciais
google imagem
Quem disse que somos livres? Eu não sou! Não sou dona da maioria das minhas ações,
dos meus atos, ou dos meus discursos. Na verdade, sou escrava dos dias úteis, das horas comerciais, uma prisioneira na cela de um prédio velho e mofado. Sou condenada pelas imposições sociais capitalistas.
As grades que me prendem são quatro paredes pintadas dessa cor morna e vazia... o creme (é inexplicável dar nome de creme a uma cor tão sem graça). Aqui não há intervalos. “Não se afaste da sua área nem meio metro”!!
Sou escrava de uma cadeira, um monitor e um telefone que não para de me dar ordens.
Minha pena é seguir as regras. E a principal delas é dizer:
“Sim, Senhor” mesmo quando se quer dizer:
“Vá para o inferno senhor!!"
Por Mary Paes Santana
"E... em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assinava a lei áurea que dava plena liberdade aos escravos"
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
cidadão desmundo
modelo na foto: Mary Paes - foto: Maksuel Martins
Não me caibo neste mundo.
Não tenho lugar
Sou um cidadão desmundo...
Vagabundo no altar
Não tenho lugar
Sou um cidadão desmundo...
Vagabundo no altar
Mas não sou santo
Nem demônio
O céu não me pertencerá
O diabo não me quer
No Interstício estou a vagar
Eu não me caibo neste mundo
De contradições
de joelhos dobrados
E falsas orações
Não me caibo neste mundo.
Não tenho lugar
Será que é isso que eu mereço
Por ser assim tão diferente
Eu que não sou
Ou tu que não és
GENTE!!!!
Por Mary Paes Santana
Nem demônio
O céu não me pertencerá
O diabo não me quer
No Interstício estou a vagar
Eu não me caibo neste mundo
De contradições
de joelhos dobrados
E falsas orações
Não me caibo neste mundo.
Não tenho lugar
Será que é isso que eu mereço
Por ser assim tão diferente
Eu que não sou
Ou tu que não és
GENTE!!!!
Por Mary Paes Santana
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