terça-feira, 18 de dezembro de 2012

prisioneiro das horas comerciais


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Quem disse que somos livres? Eu não sou! Não sou dona da maioria das minhas ações,
dos meus atos, ou dos meus discursos. Na verdade, sou escrava dos dias úteis, das horas comerciais, uma prisioneira na cela de um prédio velho e mofado. Sou condenada pelas imposições sociais capitalistas.
As grades que me prendem são quatro paredes pintadas dessa cor morna e vazia... o creme (é inexplicável dar nome de creme a uma cor tão sem graça). Aqui não há intervalos. “Não se afaste da sua área nem meio metro”!!
Sou escrava de uma cadeira, um monitor e um telefone que não para de me dar ordens.
Minha pena é seguir as regras. E a principal delas é dizer:
“Sim, Senhor” mesmo quando se quer dizer:
“Vá para o inferno senhor!!"

Por Mary Paes Santana


"E... em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assinava a lei áurea que dava plena liberdade aos escravos"

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

cidadão desmundo



modelo na foto: Mary Paes - foto: Maksuel Martins

Não me caibo neste mundo.
Não tenho lugar
Sou um cidadão desmundo...
Vagabundo no altar
 Mas não sou santo
Nem demônio
O céu não me pertencerá
O diabo não me quer
No Interstício estou a vagar

Eu não me caibo neste mundo
De contradições
de joelhos dobrados
E falsas orações

Não me caibo neste mundo.
Não tenho lugar
Será que é isso que eu mereço
Por ser assim tão diferente

Eu que não sou
Ou tu que não és
GENTE!!!!

Por Mary Paes Santana

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

eu não te disse adeus!




ela não entendia o que ele gritava... correu feito louca em sua direção! quando estava próxima o suficiente para ouvi-lo, entendeu... "eu te amo! eu te amo!" gritava, desesperado, enquanto o trem se afastava da estação.

(trecho do romance "eu não te disse adeus" de Mary Paes... ainda em desenvolvimento)

sábado, 17 de novembro de 2012

espelho d'água

foto: Mary Paes

um bicho ou folha bailando
uma mancha que se mexe
espelho d’água dentro dos olhos

Mary Paes

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

mais uma cilada de amor




Sou o tipo de pessoa que gosta de sair por aí... sem rumo... só pra sentir o vento no rosto... olhar o mundo com olhar desatento e usufruir o lado positivo de não ter a quem dar satisfações da própria vida.
Mas há dias, meu coração me pregou uma cilada... tem desejado estar com alguém... tem querido se importar, amar e até dividir momentos mais longos com alguém que valha a pena.

É... meu coração é meio teimoso... não sei se acontece só comigo, mas passo horas a questionar meus sentimentos... eu comigo mesmo. Uma conversa íntima em que a razão quase nunca sai vencedora.

Talvez esteja apaixonada de novo... não sei... mas o vazio que se instala dentro de mim quando os dias passam sem que eu possa vê-lo, parece querer tomar conta de todos os espaços que me sobram. E a solidão tem tomado proporções estarrecedoras. Mesmo pra mim, que sempre me dei bem com ela...

Agora tenho desenhado você pelas paredes do meu quarto...pra ingenuamente acreditar que você está comigo, de alguma forma.

Não sei se estaremos juntos hoje, amanhã ou depois... ou se não estaremos juntos por nenhum tempo... o fato é o que eu tenho desejado você, e isso talvez permaneça em mim por um tempo... até que se concretize ou se perca no próprio vazio que me causa.

Por Mary Paes

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vida... vida... minha vida


Nascer do Sol em Macapá - foto: de celular por Patricia Maranhão


"Você é o sol que arde 
por todas as células 
do meu corpo"

by Mary Paes Santana


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Desconhecido - Mixtureba Comix edição 02


Ele me conhece, mas eu não sei quem ele é.

O Desconhecido
Roteiro: Mary Paes
Desenho e Finalização: Josiel Santos
Edição Roberth Santos

Compre a revista no Museu da Imagem e do Som do Amapá, 2º piso do Teatro das Bacabeiras.
Apenas R$10 pilas.
São muitas histórias pra você que curte quadrinhos. 

Acesse a página do coletivo AP Quadrinhos no facebook o/

facebook/coletivoapquadrinhos



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Feliz aniversário para mim!!! rs... \o/

foto: Lukas Aguiar

Hoje é um dia especial pra mim!!
"Decidi não contar os dias. Aprendi a vivê-los!"
Mary Paes Santana

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Porque te amo... digo-te adeus!





Porque te amo... Digo-te Adeus!

Meu amor... entenda-me... não me resta alternativa, a não ser a fuga...
A fuga de tudo que me causa a tua presença...
Porque o tempo é tão efêmero quando nos pertencemos
E quando você sai do que sou para voltar a outro instante
Onde eu não me encontro... sofro... e o tempo se expande... e já me canso dessa dor
De chegar a hora que você se vai...
Agora... antes que voltes teu rosto... já me vou...
Como por encanto, no breve momento que dura o segundo...
Já não mais verá o brilho indisfarçável que há em meus olhos... porque te amo.
Porque te amo... a realidade obriga-me a me afastar de ti...
Não para que eu seja feliz... mas, para que eu não me condene a te esperar eternamente!
Na verdade, confesso... não tenho nenhuma certeza... não sei se distanciar meu corpo do teu... ajudará meu coração a esquecer-te! ou se simplesmente... porque sou poeta... ... meu coração é capaz de sobreviver à dor da tua saudade, mesmo que dilacere, mesmo que meu corpo queime a desejar o teu... porque te amo, meu amor... eu vou embora!
Porque te amo tão desesperadamente! digo-te... adeus!





Por Mary Paes Santana

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Teu gosto...



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ontem você me tocou pela primeira vez
tua boca quente tocou a minha
e eu senti o gosto da tua língua

por Mary Paes Santana

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Queimando...




Era uma ambivalência de sentimentos... sempre fui um paradoxo...  e por mais que eu tentasse não encontraria, jamais, um meio de fuga... até porque, no fundo eu não queria fugir... eu estava lá... em estado de inexplicável inércia... era uma vela queimando que caiu na cortina e pegou fogo em tudo... vi tudo ardendo... era bonito de se ver... o fogo feito monstro consumindo o que restou depois do fim... era loucura, eu sabia... no fundo eu nunca fui normal... agora lá estava eu... no meu último ato! observando em êxtase as chamas se aproximando...  não demoraria muito e nada mais restaria, além das cinzas... que o vento forte espalharia pelo universo... eu... partículas de sonhos... flutuando no infinito... e ninguém saberia que um dia existi.

Por Mary Paes Santana

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Delírios



Minha pele queima, num desejo ilógico
Sem satisfação... Entre quatro paredes
Sou apenas um, e toco a cama fria
Querendo ir além da minha solidão
E curar esta febre que a paixão me causa
Mas, estou só... Possuo o tempo, a noite
e o pensamento... Mas, não sou dono de você
E nem por um momento te possuo, além do sonho
E se te vejo entrar... Sorrir pra mim...
E antes que me toque, sei que deliro
E se não me satisfaço, tudo que me sobra,
Ainda é o tempo... E todo o espaço, pra chorar
A minha solidão... E a falta completa de você.

Por Mary Paes Santana



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

não é você que eu amo



A pessoa que eu amo
Sumiu de você
Não reconheço em ti aquele moço que me encantou
Você era tão simples, tão gentil, tão único
Mas você mudou
Tornou-se sério demais...
Preocupado demais com o seu próprio umbigo
Deixou de ser autêntico, pra se tornar comum
Perdeu o jeito de me fazer sorrir
E eu me tornei insegura e só
Estando ao seu lado sem realmente estar
Agora eu entendo
Que não é você que eu amo
Mas aquele moço que se perdeu de você
Por algum lugar da nossa história

sábado, 22 de setembro de 2012

a minha estação


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vem primavera... 
vem clarear meus dias... 
colorir minha vida... 
aquecer meu coração 
que quase congela 
no frio da outra estação. 

Mary Paes Santana

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Feliz aniversário ao meu filho Lukas Aguiar

 Eu e Lukas (aqui ele está com 4 meses)

eu e o Lukas em 2011


Hoje é um dia bastante significativo pra mim. Há 18 anos, à 1h46m, eu conheci o sentido do verdadeiro amor, do amor irrestrito e incondicional, eu me tornava mamãe. De toda a minha existência, este foi o momento mais extremo, em todos os sentidos.
Pela primeira vez, eu me sentia realmente especial e ao mesmo tempo, um pouco amedrontada diante de tal responsabilidade, que mudaria toda a minha vida. Um ser frágil e indefeso estava literalmente, em minhas mãos, aos meus cuidados, dependendo da minha capacidade de ser uma boa mãe. 
Dediquei-me totalmente àquela tarefa e foi o melhor tempo de toda a minha vida.

Meu filho cresceu inteligente e saudável. Tornamos-nos melhores amigos até que o tempo ou o destino mexeu algumas peças do jogo... Separei-me do meu marido quando meu filho entrava no seu décimo aniversário. 
Tivemos que nos distanciar... Não por vontade própria, mas por força das circunstâncias. Mas nada mudou entre eu e meu filho. Estamos sempre juntos, em pensamentos, pelo telefone, pela internet... E quando a saudade aperta muito, o jeito é pegar um vôo e matar as saudades pessoalmente.

Hoje Lukas completa 18 anos, é uma idade importante e eu não estou lá pra comemorar com ele. Meu coração está aflito... sentimentos contrários debatem-se em meu peito. Estou feliz e estou triste... Mas sei que tenho mais motivos pra me sentir feliz! Meu filho cresceu e hoje é um homem de boa índole, é acadêmico do segundo semestre de Direito, segue os bons preceitos que eu e o pai passamos a ele! Deus nos abençoou com um filho lindo e saudável. O melhor presente que poderíamos ter. 
Estou longe, neste momento especial, mas meu filho  sabe o quanto eu o amo e oro todos os dias pela  felicidade dele.

Deus o abençoe meu amor e que esta seja uma nova fase da sua vida em que tudo que almejares será conquistado! Te amo muito e sempre estarei contigo por qualquer lugar por onde andares! Feliz aniversário meu amor!

Mary Paes Santana

a seguir dedico a letra da música da Pitty ao meu baby Lukas Aguiar... a letra toca muito meu coração e me faz pensar no amor que sinto por ele.
Pitty - Só Agora
Baby, tanto a aprender
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora
Porque um dia eu sei
Vou ter que deixar-lo ir

Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer?
Só te olhar dormir
Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixa-lo ir

Muda a estação
Necessário e são
Você aflorescer
Calmamente, lindamente

Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti
Agora, só agora
Talvez você perceba  
Que eu nunca vou deixá-lo ir 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

De volta ao ninho da solidão

 google imagens

Tudo que passamos foi lindo
Você era o meu menino
Por você eu mergulhei
No mar das ilusões

Construí castelos frágeis demais
Pra durarem na efemeridade desses dias tão iguais
O encanto do teu olhar se perdeu do meu
E as horas te levaram a ocupar
Tempos que não eram meus

O silêncio ocupou o seu lugar
Dentro de mim
E os dias quentes se chocaram
Com o frio da minha estação

A porta se fechou... e ficaram os teus vestígios
encravados nas paredes,
Nos lençóis, na porta da geladeira, nas fotografias
Que não tive coragem pra rasgar...

Ainda ouço o canto
dos filhotes de passarinhos
que imitávamos todos os dias de manhã

É canto ou pranto?
É canto ou gemido?
É canto ou solidão?

É canto ou ninho?
É apenas pranto...
De um ser 
que jamais deixou de ser sozinho.

Por Mary Paes Santana






terça-feira, 21 de agosto de 2012

vazios...



Passei longos anos tentando contornar os vazios que brotam dentro de mim...
Mas chega um tempo em que os vazios transbordam, sem chance pra recomeço.
Meus vazios têm a intenção de matar-me!

Por Mary Paes

Passa...

Imagem google


"Não é o tempo que passa
é a gente
que passa".

Mary Paes

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Náufrago

  foto: Maksuel Martins


Vou naufragar
Meu corpo nu
No mar das minhas lágrimas

Vou me calar
Me aniquilar
Vou me sugar
Me comer
Me combater
Me interromper
Pra deixar de sofrer

Vou me rasgar
Me destruir
Vou Me despir
Me despedir
Deste momento

 Vou arrancar
meu coração
dilacerar meu pensamento

Vou me jogar
Pro nada
Tropeçar nas nuvens
Das minhas ilusões!

Só assim vou te esquecer!

Por Mary Paes








quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Passe comigo esta noite - parte III


O envelope

Anne perdeu a noção de quanto tempo ficara ali, olhando aquele desconhecido, agora sem vida, caído à sua frente. Não conseguia entender os motivos que o levaram a sussurrar quase como num lamento as suas últimas palavras... ele a chamara de Angélica. Estranhamente, Anne sentia algo de familiar naquele desconhecido. Algo que ela própria não conseguia alcançar.
 
Num ato contraditório aos seus princípios, procurou nos bolsos do morto, algum documento que o identificasse, mas o que encontrou foi um envelope lacrado, que pelo estado de envelhecimento, devia ter sido guardado por muitos anos. O envelope não trazia identificação de remetente ou destinatário, apenas a frase escrita a mão: “viva para sempre”. Guardou o envelope com ela.

Anne informou anonimamente as autoridades locais sobre o assassinato na Rua Cinco, e antes que os policiais chegassem, retornou ao hotel em que estava hospedada. Assim que amanheceu, fez suas malas, ainda pensativa sobre o acontecido na madrugada. Na verdade, o que mais a perturbava, além do envelope lacrado (que ela não tivera a coragem de abrir), era a voz daquele desconhecido que não lhe saia da cabeça “Angélica... Você precisa voltar”. Por instantes, ela esquece os reais motivos que a trouxeram àquele lugar! Mas só por alguns instantes. 


Antes de deixar o hotel, ela pega o envelope que surrupiara do morto, fica por alguns segundos a imaginar que tipo de mensagem estaria ali dentro, guarda-o na mochila e sai. Ela sabia que teria de voltar àquele lugar, mas agora ela precisava retornar ao seu casulo, precisava pensar sobre os últimos acontecimentos e refazer seus planos. A verdade, embora maquiada por uma boa mentira, deixa fios soltos pelo caminho, mas é preciso ser frio e calculista o suficiente para desvendá-la, e mais ainda, para aceitá-la!
Talvez ela não estivesse preparada.




Continua...  (:

clique aqui para ler a parte anterior


Por Mary Paes Santana



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Passe comigo esta noite!

                                                                foto: olhares - Ivanielizarov

Passe comigo esta noite!   

Segunda parte            

O desconhecido

Era madrugada, as poucas luzes que iluminavam as ruas desertas refletiam nas poças d’água formadas no asfalto... a sombra de um homem cambaleante aproximava-se da avenida principal...
Anne observava a cena pela janela do último andar do hotel. Ela poderia simplesmente, puxar a cortina e ignorar o que via, mas um estalo seco ecoou no ar, e a sombra deu lugar a um corpo caindo. Anne apagou seu cigarro na xícara de café, mania feia, se estivesse na casa de sua mãe seria repreendida por isso!
Catou seu casaco da cabeceira da cama e desceu a pé, o primeiro lance de escada, antes de optar pelo elevador. Garota destemida! Poucas coisas a amedrontavam, e elevadores era uma delas.
Estava tudo silencioso. Curiosamente, nem o recepcionista estava em seu posto.

Ela parou em frente ao hotel, olhou para todos os lados, antes de aproximar-se do homem caído na sarjeta. Aparentemente, a cidade toda dormia. Mas Anne sabia que não era bem assim... Seu instinto lhe dizia que estava sendo observada.
Aproximou-se do corpo estendido no chão, pelo estado das roupas, rasgadas e sujas, e dos arranhões espalhados pelo corpo, era possível supor que aquele homem havia apanhado muito, antes de receber o tiro de misericórdia!

Anne agachou-se ao lado do desconhecido e ao mesmo tempo, pensava sobre o que fazer naquele momento, ligar para a polícia seria óbvio, na verdade ela ia fazer isso, quando algo lhe impediu. 

Aquela mão grande e ensangüentada agarrou-lhe o braço, fazendo com que seu celular caísse numa poça de lama. Ele não estava morto!

Assustada, ela levantou-se subitamente, enquanto o homem se debatia no chão, pronunciando frases desconexas... 

Então ele ficou calado! Fixou seu olhar moribundo nos olhos de Anne e falou quase num sussurro: “Angélica... achei você Angélica!”.

Anne não estava entendendo nada! Imaginou que no estado em que aquele homem se encontrava só podia estar delirando, tendo visões com alguma Angélica que definitivamente, não era ela.
Angélica... ele continuou, você precisa voltar!

Ela nada mais ouviu. O silêncio imperou por toda a escuridão, enquanto os olhos daquele desconhecido cerravam as pálpebras definitivamente.



continua... :)



leia a introdução aqui


Por Mary Paes Santana




Delírios noturnos




Minha pele queima, num desejo ilógico
Sem satisfação...
 Entre quatro paredes
Sou apenas um, 
e toco a cama fria
Querendo ir além da minha solidão
E curar esta febre que a paixão me causa
Mas, estou só... 
Possuo o tempo, a noite
e o pensamento...
 Mas, não sou dono de você
E nem por um momento te possuo, além do sonho
E se te vejo entrar... Sorrir pra mim...
E antes que me toque, sei que deliro
E se não me satisfaço, tudo que me sobra,
Ainda é o tempo... E todo o espaço, 
pra chorar
A minha solidão... 
E a falta completa de você.
 
Mary Paes Santana

terça-feira, 26 de junho de 2012

amar... mas, por que amar?

foto: Maksuel Martins
                                       
                                         amar...
                                         mas, por que amar?
                                         se de tanto amar
                                         vivo assim tão só...

                                                                           chorar...
                                                                           mas, pra que chorar?
                                                                          se meu simples pranto  
                                                                          não te faz voltar.

querer...
por que assim querer?
por mais que eu te queira
jamais irei te ter.

                                                       sofrer...
                                                       por que tanto sofrer?
                                                       se minha dor é só minha
                                                       se meu amor é só meu
                                                       se os meus sonhos
                                                       jamais serão os teus.

amar...
mas, por que amar?
se de tanto amar
eu vou morrer assim...
tão só.

Por Mary Paes Santana




domingo, 3 de junho de 2012

tempo...


( imagem google)

Sou um poeta  sem inspiração
 Sobrevivendo à monotonia desses dias turvos
Contando  grãos de areia

por Mary Paes

terça-feira, 10 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

divagações...


quando te sigo não deixo pegadas 
não são os meus pés que caminham
são os meus olhos

Por Mary Paes Santana

quarta-feira, 7 de março de 2012

A morbidez da madrugada mora em mim!



Vaga em mim 
A saudade e a dor 
A morbidez da madrugada 
Silenciosa e fria 
Mora em mim 

Os longos dedos da solidão 
Enlaçam meu corpo 
Tomando pra si 
Qualquer espera 

Qualquer ilusão de que teu riso chegue 
Surja do nada... Pra ficar 
E nunca mais se perca 
No elo de outro adeus

Por Mary Paes Santana

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Madame Insana


Não sou suave, nem calma...
não sou a brisa morna que te afaga
sou a tempestade que surra sua face!!!
Sou a dúvida... os erros, os acertos,
a agonia... a febre...
as perguntas sem respostas...
sou a loucura dos seus atos...

sua antítese...
seu riso insensato...
seus passos largos...
suas desculpas... seus desvarios
sua luxúria... seu pecado!

Sou seu caminho complexo, desconexo...
as luzes vermelhas... a bebida e a madrugada...
sou o tom de carmim na cama...
na boca... no corpo...
na alma...

Sou eu...
seu livre arbítrio
Sua madame insana!!
Sua senhora... 
Liberdade!


Por Mary Paes Santana



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Abandono


        banco de imagem google


Eu! 
Num jogo sujo fui deixado... 
Maltrapilho, pobre coitado, 
Tropeçando em minhas próprias pegadas 
Nos ociosos bailados da noite, fui renunciado 

Sentimentos penosos me fizeram menor 
Em desejos supérfluos me deixaram insaciado 
Meu cenário um sepulcro... 
Onde nem pude morrer 

Meu nome não constava na lista 
Me deixaram, me esqueceram... 
Numa incerteza de viver 
...Em indóceis laços de vida 
Que foi simplesmente o que pude ter.

Por Mary Paes