domingo, 25 de setembro de 2011

Fim


"Pra tudo há início...
O fim é uma consequência".

Mas é no Fim que tudo tem início... de novo!


Mary Paes

domingo, 18 de setembro de 2011

Passe comigo esta noite!

 imagem: google

Ameaçava chover naquela noite. O vento soprava forte e fazia ranger as grandes janelas de madeira, já envelhecidas pelo tempo. Não que ela tivesse medo de tempestades, mas aquela casa antiga, cheirando a coisa velha, tinha um não sei quê de mórbido e sombrio. E ela estava só. 
Os relâmpagos cortando o céu iluminavam a sala pelas frestas das paredes. É... iria chover a qualquer momento. Por que ela inventara de se aventurar justo naquela noite. O jeito era acomodar-se por ali mesmo até que o dia amanhecesse. Percorreu com os olhos todos os cantos da sala. Era perceptivel que outrora aquele lugar tivera o seu glamour. Os móveis, o lustre, o piso... mesmo empoeirados e envelhecidos, denotavam a finesse dos que ali habitaram por algum tempo. 
Ela decidiu subir as escadarias de madeira... A cada degrau que ela subia, seu coração parecia saltar-lhe do peito. Não era por medo que ela sentia o corpo tremer, era por algo maior que o medo... era uma sensação incontrolável e angustiante, como se ela estivesse dentro de um filme de suspense, mas naquele caso, um suspense real. E se qualquer coisa ruim acontecesse, ninguém poderia salvá-la. Ninguém!
Ela não terminou de subir as escadas...

(...uma pequena introdução para uma viagem ao suspense!)

Por Mary Paes

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

mero passageiro

Foto: Maksuel Martins


Quem não sonha
é um mero passageiro da vida
que nem sabe aonde vai

Por Mary Paes

sábado, 10 de setembro de 2011

Instante Morno



Eu não quero ser
Exemplo pra ninguém
Nesta estrada torta
 Eu mesmo quero me perder
E me achar quando quiser
Ou me perder eternamento
Deste instante morno

 Por Mary Paes

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Desvarios

Um homem bonito e vazio 
é como um vaso de flores de plástico
só serve de enfeite

Mary Paes

domingo, 4 de setembro de 2011

Livre para ser sozinho



Eu quero um pouco de me sentir só...
Quero um pouco do nada pra falar
Quero o vazio do silêncio...
Minhas mãos frias...
As paredes frias... O esmo dos pensamentos...
A cama grande...
Os desvarios dos sonhos sem razão...

Eu quero um pouco do sal...
Das lágrimas... Do mar da solidão
Quero o sal... A saudade de mim...
Do que fui... Do que sou...
Do nada que não sei se sou... Ou que sei... Que fui...

Quero meus dedos... A tinta... O papel em branco...
As letras...
Quero minha inspiração...
Fugir do caminho certo...
Me perder...

Cair do barranco... Me sujar na lama...
Não ter hora pra voltar...
Não voltar atrás...
Ou voltar... Qualquer hora...

Quero ser livre para ser sozinho...
Ou não ser... Sozinho.
Eu quero um pouco de ser poeta...
Ser poeta...
Só!