terça-feira, 18 de dezembro de 2012

prisioneiro das horas comerciais


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Quem disse que somos livres? Eu não sou! Não sou dona da maioria das minhas ações,
dos meus atos, ou dos meus discursos. Na verdade, sou escrava dos dias úteis, das horas comerciais, uma prisioneira na cela de um prédio velho e mofado. Sou condenada pelas imposições sociais capitalistas.
As grades que me prendem são quatro paredes pintadas dessa cor morna e vazia... o creme (é inexplicável dar nome de creme a uma cor tão sem graça). Aqui não há intervalos. “Não se afaste da sua área nem meio metro”!!
Sou escrava de uma cadeira, um monitor e um telefone que não para de me dar ordens.
Minha pena é seguir as regras. E a principal delas é dizer:
“Sim, Senhor” mesmo quando se quer dizer:
“Vá para o inferno senhor!!"

Por Mary Paes Santana


"E... em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assinava a lei áurea que dava plena liberdade aos escravos"

3 comentários:

  1. Oi Mary Paes
    Eu já mandei meu chefe um dia pro inferno, não aconteceu nada, ficou três dias sem conversar comigo, depois veio de mansinho.
    Você falou 13 de maio, nem nós e nem os escravos negros fomos privilegiado por essa "leizinha" fajuta, assinada na marra, tal era a pressão.
    A liberdade é o caminho para o sucesso.
    Adorei seu post e tudo que escreve com esmero e emoção.
    Beijos
    Até o dia da sua apresentação, estarei lá lhe prestigiando.
    Um beijo no coração
    Lua Singular

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  2. Oi querida:
    No perfil do meu blog Lua Singular tem meu e-mail
    Um beijo
    Dorli Ramos

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  3. Poetas massacrados pelo cotidiano... normal... a começar pelo mestre Drummond.

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