quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Queimando...




Era uma ambivalência de sentimentos... sempre fui um paradoxo...  e por mais que eu tentasse não encontraria, jamais, um meio de fuga... até porque, no fundo eu não queria fugir... eu estava lá... em estado de inexplicável inércia... era uma vela queimando que caiu na cortina e pegou fogo em tudo... vi tudo ardendo... era bonito de se ver... o fogo feito monstro consumindo o que restou depois do fim... era loucura, eu sabia... no fundo eu nunca fui normal... agora lá estava eu... no meu último ato! observando em êxtase as chamas se aproximando...  não demoraria muito e nada mais restaria, além das cinzas... que o vento forte espalharia pelo universo... eu... partículas de sonhos... flutuando no infinito... e ninguém saberia que um dia existi.

Por Mary Paes Santana

4 comentários:

  1. Una Composición llena de Profundidad y de una dimensión que arrastra nuestro Alma al infinito.
    Preciosas Letras.
    Un abrazo.

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  2. Quanto sentimento transformado em palavra. Palavras que têm muita intensidade.

    Palavras pesadas e leves, que a gente chega a senti-las.

    Parabéns, Mary.

    Escrevi um conto no meu blog, gostaria que você lesse e dissesse o que achou.

    Beijo.

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  3. Olá Mary, bom dia!
    Venho mais uma vez agradecer sua honrosa participação no 1º Prosas Poéticas; foi pra mim um fato que só causou satisfação e deu muito orgulho. Muito obrigado!
    Aproveito para lhe desejar uma ótima semana.
    Abraço e até mais!

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  4. Nossa me fez lembrar de Clarisse... e novamente sue ótimo uso das reticências.

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