sábado, 27 de novembro de 2010

Contando grãos de areia

Eu tenho isso de ficar perdido

Mesmo quando o caminho é certo

Sou tão estranho... tão indefinidamente contraditório

Me flagro às vezes contando grãos de areia

Observando o tempo que passa e parece um monstro

Correndo atrás de mim

Não quero que o tempo,

Este vilão implacável,

Enfraqueça minhas pernas

Turve minha visão...

Quero morrer antes que o monstro me alcance...

Ou permanecer como o louco

Que eu sei que sou...

Estranho e só

Me perdendo todos os dias

Por atalhos desconhecidos

Fugindo das horas

Contando grãos de areia.


Por Mary Paes Santana - Foto: Maksuel Martins

Um comentário: