Não vou ficar calada... Não sou muda!
Quero gritar a ira frustrada
Sou subversiva! Não tô nem aí pra massa!
Quero que se danem os tolos!
Os “normaizinhos”
É tão chata essa coisa de ser igual a todo mundo!
Cabelo lisinho tingido de louro!
Pose de gente fina! Em salto alto!
Nariz plastificado, peito de silicone!
Não tô nem aí pra massa!
Não sou comportada!
Não me esforço pra agradar ignorantes
Eu sei quem me ama
Eu sei quem me engana
Eu leio almas!
Não sou calma!
Cuidado! Sou louca!
Não tenho travas na língua
Nem travas no cérebro!
Não sei rir baixinho!
Que coisa! Só sei rir alto!
Posso te deixar sem saída!
Posso invadir teus espaços
Destruir os teus planos
Romper os teus laços
Subverter teus pensamentos
Posso manipular tuas vontades!
Te deixar parecida comigo!
Enrolar teu cabelo
Jogar tua “chapinha” fora!
Posso desvendar teus olhos
Para que você perceba
Que a beleza é efêmera
E a essência... É a eternidade!
Por Mary Paes Santana
Foto: Kelly Maia
Um dos meus poemas preferidos.
ResponderExcluirMary
ResponderExcluirAcessei seu blog por um link de um amigo no facebook e resolvi postar aqui minha satisfação de ler seu poema rasgado de verdades íntimas, até porque este é o sentimento que você traduz como sendo um dos poemas preferidos. Faço um convite para visitar meu blog em http://jorgejansen.blogspot.com. É um blog voltado mais para crônicas e cultura pop, mas de vez em quando a gente escreve uns versos também.
Legal Jorge. Vou divagar pelo seu blog sim... brigada por me visitar... beijinhussss
ResponderExcluirMinha linda, querida, amada e maravilhosa amiga, eu simplesmente ADOREIteu blog, e vou ser teu seguidor, ta? Eu adoro assuntos irreverentes.... e eu acho que a grande finalidade da arte literária é exatamente essa.... a gente transmitir verdades ocultas na gente, e exauridas de nós através do codigo linguistico, e com a pitada necessaria de ternura. Parabéns. Adorei. De um a dez.... MILLLLLLLLL
ResponderExcluirGrata pelas palavras amigo. Fico feliz que tenha comentado... vou lá no seu blog, fazer uma visitinha. beijinhus
ResponderExcluirOi Mary, fiquei encantada quando apresentou esse poema lá no SESC, mas agora lendo com mais calma gostei ainda mais. Conheço umas pessoas lá no MS que vao adorar o teu trabalhado, estou enviando e falando do seu Blog. Parabéns pelo trabalho!Beijos
ResponderExcluirEdna
Valeu Edna. Tentei entrei no seu perfil, mas não foi possível. Então deixo aqui registrado o meu agradecimento pela visita e pelas palavras! É por pessoas como vc que sinto-me feliz em divulgar o meu trabalho. Grata minha linda!!!
ResponderExcluirQuando soltas "as travas da língua" no poema citadas o seu verso é pura entrega e "desnudamento". Encerrou com maestria, lindo isso:
ResponderExcluirPosso desvendar teus olhos
Para que você perceba
Que a beleza é efêmera
E a essência... É a eternidade!
Essência efêmera e eternidade em uma só...
Gosto também da forma que este seu eu-lirico se desnuda, pois ainda que se afirme com tanta veemência, não o sinto ególatra e cego, certamente pela forma sincera como se entrega a quem lê o poema.
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